sábado, 30 de novembro de 2013

Diretório da Liturgia - 2014



O novo Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil para o ano de 2014 já se encontra à venda nas livrarias católicas, podendo ser adquirido diretamente nas Edições CNBB. Neste ano, as Edições CNBB disponibilizam também o Diretório da Liturgia em edição de bolso.

Ano litúrgico da Igreja não é igual ao ano civil. O ano civil, é claro, começa no dia 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro. São fixas as datas de início e de término, ao passo que no ano litúrgico a data inicial e a data de término são móveis, ou variáveis.

O novo Ano Litúrgico, chamado Ano A (São Mateus), começará no dia 30 de novembro de 2013, sábado, com as Primeiras Vésperas do Primeiro Domingo do Advento (que cai no dia 1º de dezembro de 2013), e terminará no dia 29 de novembro de 2014, sábado, antes das Primeiras Vésperas do Primeiro Domingo do Advento do Ano Litúrgico B - São Marcos (que cairá no dia 30 de novembro de 2014).

Como se vê, o Ano Litúrgico A (São Mateus) tem todo o Tempo de Advento, Natal e parte do Tempo Natalino ainda regulados pelo Diretório da Liturgia - 2013 (páginas 189 a 204).

Mais coerente com o calendário litúrgico, seria melhor que o Diretório da Liturgia regulasse, por inteiro, em um só volume, o Ano Litúrgico desde o seu início até o seu término.

Cuida-se de livro importante para a vida da Igreja no Brasil, desde capelas, paróquias, catedrais até pessoas comuns do povo interessadas na orientação diária quanto à liturgia das horas e da própria liturgia eucarística.

A apresentação do Diretório da Liturgia é feita por Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília e Secretário Geral da CNBB.


Fonte da imagem:
http://www.edicoescnbb.com.br/loja/produto-302647-2273-

sábado, 23 de novembro de 2013

Tempo do Advento - Ano A - São Mateus (2013-2014)


O ano litúrgico está prestes a terminar. E o novo ano litúrgico se inicia com o tempo chamado do Advento, fazendo parte do denominado Ciclo do Natal.

Como é sabido, cada ano litúrgico da Igreja tem a sua própria nomenclatura: Ano A - São Mateus, Ano B - São Marcos e Ano C - São Lucas.

Terminado o Ano A, onde se lê o Evangelho de São Mateus, passa-se para o Ano B, onde se lê o Evangelho de São Marcos; terminado o Ano B, passa-se ao Ano C, onde se lê o Evangelho de São Lucas. E, por fim, terminado o Ano C, retoma-se o Ano A - São Mateus.

O Evangelho de São João não compõe especificamente um ano litúrgico. O Evangelho de São João vai aparecer nas últimas semanas do Tempo da Quaresma e muito no Tempo Pascal, assim como preenche, em parte, o Ano B (Evangelho de São Marcos). Em outras palavras, o Evangelho de João, teologicamente trabalhado, funciona, se assim posso me expressar, como se fosse um "curinga".

Agora, a Igreja vai terminar o Ano C - São Lucas e vai iniciar o Ano A - São Mateus. O início e o término do ano litúrgico não coincidem com os do ano civil.

O último Domingo do Ano C - São Lucas (2012-2013), ou 34º Domingo do Tempo Comum - Ano C,  vai ocorrer no dia 24 de novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, e o último dia do término do Ano C - São Lucas (2012-2013) será no dia 30 de novembro de 2013, sábado, antes das primeiras vésperas (Vésperas I) do início do novo ano litúrgico, ou seja, antes das Primeiras Vésperas do Primeiro Domingo do Advento do Ano A - São Mateus (2013-2014).

Ao contrário do que se pensa, o ano litúrgico não termina com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, mas sim no sábado seguinte, posto que os dias que se seguem àquela Solenidade ainda são segunda, terça, quarta, quinta e sexta feiras da 34ª semana do Tempo Comum do Ano C - São Lucas (34ª semana do TC), inclusive o sábado até antes das Primeiras Vésperas do primeiro Domingo do Tempo de Advento.

O novo ano litúrgico (Ano A - São Mateus - 2013-2014) continua, mas o Tempo do Advento termina no dia 24 dezembro de 2013 antes das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor. Ou, como dizem as Normas Universais sobre o o Ano Litúrgico e o Calendário:

"O Tempo do Advento começa com as Primeiras Vésperas do domingo que cai no dia 30 de novembro ou no domingo que lhe fica mais próximo, terminando antes das Primeiras Vésperas do Natal do Senhor" (nº 40).

No tempo do Advento, a cor litúrgica é roxa, podendo no terceiro Domingo (Domingo Gaudete) usar a cor rósea. Não se recita e nem se canta o Glória.

Entretanto, no dia 8 de dezembro de 2013, Domingo, por determinação da CNBB e autorização da Santa Sé, será celebrada a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora; usa-se a cor litúrgica branca e canta-se o Glória, com ofício e leituras próprias (consultar o Diretório da Liturgia 2013 - Ano C - São Lucas, às páginas 193 e 194, bem como o Missal Romano, 2ª edição típica para o Brasil, às páginas 713 a 717). Harmonizando-se com a celebração da Imaculada Conceição de Nossa Senhora (Segundo Domingo do Advento), sugiro que se acenda a segunda vela da Coroa do Advento na cor branca (vela branca).

No Terceiro Domingo do Advento (dia 15 de dezembro de 2013), por determinação da 36ª Assembleia Geral da CNBB, haverá, em todas as igrejas, capelas e oratórios, a coleta da Campanha para a Evangelização.


Leia mais:




Fonte da imagem:
http://www.congregacionesmarianas.org/tiempo.htm

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"É necessário ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva na Igreja", afirma o Papa Francisco



A entrevista concedida pelo Papa Francisco ao Diretor da revista La Civiltà Cattolica, na pessoa do seu Diretor Padre Antonio Spadaro, S.J., na Casa Santa Marta, em 19 de agosto de 2013, segunda-feira, ganhou o noticiário como sinal de novos ares, um novo aggiornamento na Igreja.

Francisco é o Papa que "arruma a casa" e seu modo de administrar tem a ver com a sua espiritualidade centrada no discernimento de que fala Santo Inácio de Loyola.

Essa espiritualidade inaciana é esclarecida pelo Papa, ao responder a pergunta que lhe foi formulada pelo Direitor da La Civiltà Cattolica (O que significa para um jesuíta ser Papa?):

«O discernimento é uma das coisas que Santo Inácio mais trabalhou interiormente. Para ele, é um instrumento de luta para conhecer melhor o Senhor e segui-l’O mais de perto. Impressionou-me sempre uma máxima com que se descreve a visão de Inácio: Non coerceri a maximo, sed contineri a minimo divinum est. (não estar constrangido pelo máximo, e no entanto, estar inteiramente contido no mínimo, isso é divino). Reflecti muito sobre esta frase a propósito do governo, de ser superior: não estarmos restringidos pelo espaço maior, mas sermos capazes de estar no espaço mais restrito. Esta virtude do grande e do pequeno é a magnanimidade, que da posição em que estamos nos faz olhar sempre o horizonte. É fazer as coisas pequenas de cada dia com o coração grande e aberto a Deus e aos outros. É valorizar as coisas pequenas no interior de grandes horizontes, os do Reino de Deus».
«Esta máxima oferece os parâmetros para assumir uma posição correcta para o discernimento, para escutar as coisas de Deus a partir do seu “ponto de vista”. Para Santo Inácio, os grandes princípios devem ser encarnados nas circunstâncias de lugar, de tempo e de pessoas. A seu modo, João XXIII colocou-se nesta posição de governo quando repetiu a máxima Omnia videre, multa dissimulare, pauca corrigere, (ver tudo, não dar importância a muito, corrigir pouco) porque mesmo vendo omnia, a dimensão máxima, preferia agir sobre pauca, sobre uma dimensão mínima. Podem ter-se grandes projectos e realizá-los, agindo sobre poucas pequenas coisas. Ou podem usar-se meios fracos que se revelam mais eficazes do que os fortes, como diz São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios».
«Este discernimento requer tempo. Muitos, por exemplo, pensam que as mudanças e as reformas podem acontecer em pouco tempo. Eu creio que será sempre necessário tempo para lançar as bases de uma mudança verdadeira e eficaz. E este é o tempo do discernimento. E por vezes o discernimento, por seu lado, estimula a fazer depressa aquilo que inicialmente se pensava fazer depois. E foi isto o que também me aconteceu nestes meses. E o discernimento realiza-se sempre na presença do Senhor, vendo os sinais, escutando as coisas que acontecem, o sentir das pessoas, especialmente dos pobres. As minhas escolhas, mesmo aquelas ligadas à vida quotidiana, como usar um automóvel modesto, estão ligadas a um discernimento espiritual que responde a uma exigência que nasce das coisas, das pessoas, da leitura dos sinais dos tempos. O discernimento no Senhor guia-me no meu modo de governar».
«Pelo contrário, desconfio das decisões tomadas de modo repentino. Desconfio sempre da primeira decisão, isto é, da primeira coisa que me vem à cabeça fazer, se tenho de tomar uma decisão. Em geral, é a decisão errada. Tenho de esperar, avaliar interiormente, tomando o tempo necessário. A sabedoria do discernimento resgata a necessária ambiguidade da vida e faz encontrar os meios mais oportunos, que nem sempre se identificam com aquilo que parece grande ou forte».

Foto: Alícia Uchôa

A Igreja tem urgências. E entenda-a nesta expressão de Francisco: "A Igreja é a totalidade do povo de Deus". E o Papa reflete que, antes de teorizar, a Igreja precisa arregaçar as mangas, trabalhando como se fosse um hospital de campanha, acolher, curar feridas, fazer-se próxima das pessoas. Dai a sugestiva figura comparativa dessa urgência: Um hospital de campanha. Ouçamo-lo:

"A Igreja? Um hospital de campanha...

O Papa Bento XVI, ao anunciar a sua renúncia ao Pontificado, retratou o mundo de hoje como sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, que requerem vigor, seja do corpo, seja da alma. Pergunto ao Papa, também à luz daquilo que acabou de me dizer: «De que é que a Igreja tem maior necessidade neste momento histórico? São necessárias reformas? Quais são os seus desejos para a Igreja dos próximos anos? Que Igreja “sonha”?»
O Papa Francisco, tomando o incipit da minha pergunta, começa por dizer: «O Papa Bento teve um acto de santidade, de grandeza, de humildade. É um homem de Deus», demonstrando um grande afecto e uma enorme estima pelo seu predecessor.
«Vejo com clareza — continua — que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de tudo o resto. Curar as feridas, curar as feridas... E é necessário começar de baixo».
A Igreja por vezes encerrou-se em pequenas coisas, em pequenos preceitos. O mais importante, no entanto, é o primeiro anúncio: “Jesus Cristo salvou-te”. E os ministros da Igreja devem ser, acima de tudo, ministros de misericórdia. O confessor, por exemplo, corre sempre o risco de ser ou demasiado rigorista ou demasiado laxista. Nenhum dos dois é misericordioso, porque nenhum dos dois toma verdadeiramente a seu cargo a pessoa. O rigorista lava as mãos porque remete-o para o mandamento. O laxista lava as mãos dizendo simplesmente “isto não é pecado” ou coisas semelhantes. As pessoas têm de ser acompanhadas, as feridas têm de ser curadas».
«Como estamos a tratar o povo de Deus? Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora. Os ministros da Igreja devem ser misericordiosos, tomar a seu cargo as pessoas, acompanhando-as como o bom samaritano que lava, limpa, levanta o seu próximo. Isto é Evangelho puro. Deus é maior que o pecado. As reformas organizativas e estruturais são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a da atitude. Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado. Os bispos, em particular, devem ser capazes de suportar com paciência os passos de Deus no seu povo, de tal modo que ninguém fique para trás, mas também para acompanhar o rebanho que tem o faro para encontrar novos caminhos».
«Em vez de ser apenas uma Igreja que acolhe e recebe, tendo as portas abertas, procuramos mesmo ser uma Igreja que encontra novos caminhos, que é capaz de sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a frequenta, de quem a abandonou ou lhe é indiferente. Quem a abandonou fê-lo, por vezes, por razões que, se forem bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um regresso. Mas é necessário audácia, coragem».
Reflicto naquilo que o Papa está a dizer e refiro o facto que existem cristãos que vivem em situações não regulares para a Igreja ou, de qualquer modo, em situações complexas, cristãos que, de um modo ou de outro, vivem feridas abertas. Penso nos divorciados recasados, casais homossexuais, outras situações difíceis. Como fazer uma pastoral missionária nestes casos? Em que insistir? O Papa faz sinal de ter compreendido o que pretendo dizer e responde.
«Devemos anunciar o Evangelho em todos os caminhos, pregando a boa nova do Reino e curando, também com a nossa pregação, todo o tipo de doença e de ferida. Em Buenos Aires recebia cartas de pessoas homossexuais, que são “feridos sociais”, porque me dizem que sentem como a Igreja sempre os condenou. Mas a Igreja não quer fazer isto. Durante o voo de regresso do Rio de Janeiro disse que se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la. Dizendo isso, eu disse aquilo que diz o Catecismo. A religião tem o direito de exprimir a própria opinião para serviço das pessoas, mas Deus, na criação, tornou-nos livres: a ingerência espiritual na vida pessoal não é possível. Uma vez uma pessoa, de modo provocatório, perguntou-me se aprovava a homossexualidade. Eu, então, respondi-lhe com uma outra pergunta: “Diz-me: Deus, quando olha para uma pessoa homossexual, aprova a sua existência com afecto ou rejeita-a, condenando-a?” É necessário sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Espírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada».
«Esta é também a grandeza da confissão: o facto de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça. O confessionário não é uma sala de tortura, mas lugar de misericórdia, no qual o Senhor nos estimula a fazer o melhor que pudermos. Penso também na situação de uma mulher que carregou consigo um matrimónio fracassado, no qual chegou a abortar. Depois esta mulher voltou a casar e agora está serena, com cinco filhos. O aborto pesa-lhe muito e está sinceramente arrependida. Gostaria de avançar na vida cristã. O que faz o confessor?»
«Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente».
«Os ensinamentos, tanto dogmáticos como morais, não são todos equivalentes. Uma pastoral missionária não está obcecada pela transmissão desarticulada de uma multiplicidade de doutrinas a impor insistentemente. O anúncio de carácter missionário concentra-se no essencial, no necessário, que é também aquilo que mais apaixona e atrai, aquilo que faz arder o coração, como aos discípulos de Emaús. Devemos, pois, encontrar um novo equilíbrio; de outro modo, mesmo o edifício moral da Igreja corre o risco de cair como um castelo de cartas, de perder a frescura e o perfume do Evangelho. A proposta evangélica deve ser mais simples, profunda, irradiante. É desta proposta que vêm depois as consequências morais».
«Digo isto também pensando na pregação e nos conteúdos da nossa pregação. Uma bela homilia, uma verdadeira homilia, deve começar com o primeiro anúncio, com o anúncio da salvação. Não há nada de mais sólido, profundo e seguro do que este anúncio. Depois deve fazer-se uma catequese. Assim, pode tirar-se também uma consequência moral. Mas o anúncio do amor salvífico de Deus precede a obrigação moral e religiosa. Hoje, por vezes, parece que prevalece a ordem inversa. A homilia é a pedra de comparação para calibrar a proximidade e a capacidade de encontro de um pastor com o seu povo, porque quem prega deve reconhecer o coração da sua comunidade para procurar onde está vivo e ardente o desejo de Deus. A mensagem evangélica não pode limitar-se, portanto, apenas a alguns dos seus aspectos, que, mesmo importantes, sozinhos não manifestam o coração do ensinamento de Jesus.»"


Mais adiante, ao ser perguntado sobre Dicastérios romanos, sinodalidade, ecumenismo, o Papa Francisco tratou do papel da mulher na Igreja:

"E o papel da mulher na Igreja? O Papa referiu-se a este tema em várias ocasiões. Numa entrevista tinha afirmado que a presença feminina na Igreja não emergiu mais, porque a tentação do machismo não deixou espaço para tornar visível o papel que compete às mulheres na comunidade. Retomou a questão durante a viagem de regresso do Rio de Janeiro, afirmando que ainda não foi feita uma teologia profunda da mulher. Então, pergunto: «Qual deve ser o papel da mulher na Igreja? Como fazer para torná-lo hoje mais visível?»
«É necessário ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva na Igreja. Temo a solução do “machismo de saias”, porque, na verdade, a mulher tem uma estrutura diferente do homem. E, pelo contrário, os argumentos que oiço sobre o papel da mulher são muitas vezes inspirados precisamente numa ideologia machista. As mulheres têm vindo a colocar perguntas profundas que devem ser tratadas. A Igreja não pode ser ela própria sem a mulher e o seu papel. A mulher, para Igreja, é imprescindível. Maria, uma mulher, é mais importante que os bispos. Digo isto, porque não se deve confundir a função com a dignidade. É necessário, pois, aprofundar melhor a figura da mulher na Igreja. É preciso trabalhar mais para fazer uma teologia profunda da mulher. Só realizando esta etapa se poderá reflectir melhor sobre a função da mulher no interior da Igreja. O génio feminino é necessário nos lugares em que se tomam as decisões importantes. O desafio hoje é exactamente esse: reflectir sobre o lugar específico da mulher, precisamente também onde se exerce a autoridade nos vários âmbitos da Igreja.""

Por fim, você poderá ler toda a entrevista do Papa Francisco, em português, na Revista Brotéria ou aqui (L'Osservatore Romano, edição semanal em português, Ano XLIV, n. 39, Domingo, 29 de setembro de 2013).


Fonte do texto:
http://www.broteria.pt/component/content/article/101-entrevista-exclusiva-do-papa-francisco-as-revistas-dos-jesuitas?showall=1

Fonte da primeira imagem:
http://www.broteria.pt/outras-revistas/101-entrevista-exclusiva-do-papa-francisco-as-revistas-dos-jesuitas

Fonte da segunda imagem:
http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL374834-5606,00-HOSPITAIS+DE+CAMPANHA+VAO+FUNCIONAR+HORAS+POR+DIA.html

Fonte da terceira imagem:
http://paroquiasaoconradorj.blogspot.com.br/2013/08/dra-zilda-arns-podera-ser-beatificada.html